terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Robinson ganha espaço na reportagem da revista Época sobre o "deputado e gato" Fábio Faria

Na última semana de férias do Jornal de Hoje, acabei dando um tempinho rápido do Blog para aproveitar praia, marido e filha.

Mas volto hoje com algumas notícias que aconteceram no fim de semana mas que ainda merecem ser lembradas.

Como a reportagem da revista Época, mostrando o perfil político-namorador do deputado Fábio Faria, abrindo um big espaço para o projeto do pai, deputado Robinson Faria, que trabalha para disputar o governo do RN em 2010.

Abaixo a publicação, na íntegra.

FÁBIO FARIA, DEPUTADO E GATO

A trajetória e os desafios de um parlamentar que é um fenômeno político no Rio Grande do Norte e se tornou famoso pelas conquistas amorosas

Há uma injustiça na fama do deputado federal Fabio Faria. Desde o fim do namoro de dez meses, em março de 2008, com a apresentadora Adriane Galisteu, ficou conhecido como o ex-de-Galisteu. Mas a lista de beldades com quem teve romances – duradouros ou não – é muito maior. Inclui as atrizes Priscila Fantin, Letícia Birkheuer e Giselle Itié, a modelo Maryeva (ex-Guga) e diversas belezas regionais. Discreto no falar, avesso a perguntas sobre sua vida pessoal, mas apaixonado pela produção de eventos coalhados de celebridades, Fabio Faria tornou-se alvo das publicações especializadas em famosos.

“Fiquei exposto, muito exposto”, diz o rapaz de 1,90 metro de altura, porte atlético, jeito de bom-moço e um bronzeado constante. “Não falo da minha vida pessoal. Adriane aconteceu. Aliás, para perder ponto comigo, basta começar a detalhar vida pessoal. É feio”, diz, sério, pressionando as pontas dos dedos das mãos postas sobre a mesa. A cada fotografia publicada na companhia de belas mulheres, ele sentia o peso de ser o centro das atenções. “Às vezes, tinha deputado passeando em Nova York, mas só falavam que eu estava no Rio”, afirma, dizendo-se injustiçado. “Não vou deixar de fazer o que gosto, só porque sou deputado. Tenho 31 anos e sou solteiro”. O último namoro (com Priscila Fantin) acabou pouco antes das eleições municipais, em outubro, quando mergulhou na campanha e ficou sem tempo para namorar. Na companhia do pai, o deputado estadual Robinson Faria – sexto mandato, presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte pela terceira vez –, rodou mais de 70 municípios potiguares, apoiando candidatos da coligação de partidos que o levou a Brasília. Fabio é do nanico PMN (Partido da Mobilização Nacional), sigla de cuja fundação seu pai participou e aliada, no Rio Grande do Norte, ao PP e ao PTB.

Sob o guarda-chuva do PMN, Fabio se tornou um fenômeno político no Rio Grande do Norte. Ele chegou à Câmara em 2007, com 29 anos e 195 mil votos, como o deputado federal mais votado de seu Estado, sem nunca ter ocupado um cargo eletivo. Fabio integra um grupo minoritário no Congresso sob várias óticas: por ser jovem (dos 513 deputados, 34 têm menos de 35 anos), por ser de um partido pequeno (o PMN é um dos seis menores) e – os parlamentares que nos desculpem – pela beleza. No interior do Rio Grande do Norte, Fabio Faria é tratado como pop star, obrigado a proteger-se de fãs eufóricas. “É um menino bonito, chama a atenção. Quando ele descia do palanque, o candidato ficava falando sozinho porque o povo todo saía atrás de autógrafo e fotos”, diz Eliana Lima, colunista política da Tribuna do Norte, um dos principais jornais de Natal, a capital potiguar.

Cria de um Estado dominado por dois clãs familiares adversários na política – os Alves (os “bacuraus”), do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB), e os Maia (os “araras”), do líder do DEM no Senado, Agripino Maia –, o pai de Fabio Faria é representante de uma nova corrente em ascensão, segundo o cientista político Antonio Spinelli, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “Os núcleos que hoje estão no poder despontaram nos anos 50, 60, dominaram os 70 e agora fazem seus herdeiros”, diz Spinelli. A história da família Faria é outra. Nos anos 70, ela perdeu uma chance histórica de subir no pódio da política local. Osmundo, o avô de Fabio, era um rico empresário, dono de salinas, entusiasta da política nas horas vagas. Convidado pelo então ministro do Exército, general Dale Coutinho, a ser governador do Estado, em 1974, nunca assumiu. O general teve um ataque cardíaco fulminante, o avô de Fabio ficou sem padrinho fardado e quem levou a vaga foi Tarcísio Maia, pai do senador Agripino Maia e avô do deputado federal Felipe Maia (DEM), outro representante da nova geração potiguar em Brasília.

Frustrado na política, Osmundo planejou transformar o neto, que criava como filho, num tenista. Comprava raquetes importadas e uniformes. Incentivou como pôde. Fabio conquistou alguns títulos, inclusive o de vice-campeão juvenil brasileiro, aos 17 anos. Osmundo Faria morreu em 1991, quando o rapaz tinha 14 anos, sem ver que o recém-sagrado campeão das regiões Norte e Nordeste daria sequência à presença do clã na política. “O Fabio e seu pai, Robinson, não têm o prestígio dos Maia nem o carisma dos Alves, mas fazer do Fabio o deputado federal mais votado do Estado foi uma demonstração de força de Robinson, que sonha com o governo do Estado”, diz Spinelli. “Essa nova geração não me parece tão interessada em política, mas pode ser que isso mude, porque os sessentões vão ter de sair de cena”.

Fábio Faria com a atriz Priscila Fantim e com a apresentadora Adriane Galisteu

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