segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma eleita presidente. Fim da campanha. E da sujeira.


Cefas Carvalho
Terminada a eleição com a vitória – esperada a apontada pelos institutos de pesquisas – da petista Dilma Rousseff para a presidência da República, resta a quem votou nela comemorar e, logo após, esperar a passada da régua na campanha, afinal, política se faz é para a frente e 2011 está perto e há muito o que se planejar para o novo Governo.
Mas, cabe ainda uma análise sobre o que foi a campanha mais suja, crteina e hipócrita desde 1989, primeira eleição direta após duas décadas de ditadura militar. Em 1989 o staff de Collor brindou-nos com a exeposição da filha do Lula e do aborto não feito. Porém, da trupe de Collor poderia se esperar de tudo e a baixaria aconteceu na reta final da campanha.
Recordo que Lula perdeu dias campanhas presidenciais para FHC sem recorrer a nenhum tipo de sujeira (e olhe que o tucano tinha um filho fora do casamento, como divulgou anos depois a revista Caros Amigos). Depois, Serra e Geraldo Alckmin perderam mais duas campanhas para o mesmo Lula, com elegância e dignidade.
Mas, veio 2010. E a soma dos poderes da internet com a parcialidade (e desepero) da grande mídia (Globo, Record, Folha de S. Paulo, Estadão) e mais a inclusão de aspectos religiosos na campanha transformaram-na em uma sala de difamações, armações e lama. Muita lama.
Desnecessário repetir a série quase interminável de mentiras sobre o passado e os projetos de Dilma. Não se trata de ser contra ou a favor de Dilma (ou de Serra) mas de condenar a campanha orquestrada contra a candidata petista. Houve sujeira da parte da campanha de Dilma contra Serra? Sim, mas em menor escala e com tons mais brandos. Quase tudo que recebi contra Serra tratava-se de “tiração de onda” ou de críticas a suas gestões em São Paulo e como ministra. Quase tudo que recebi contra Dilma tratava-se de calúnias.
Bem, mas, como foi registrado no primeiro parágrafo, a campanha já é passado. Minha opinião é a de que Serra sai um pouco menor desta campanha, ele que entrou como estadista que se preparou a vida inteira para ser presidente, como preconizou (erradamente) a capa da Veja. Vai entrar para o anedotário político como o primeiro brasileiro a fazer uma tomografia e cancelar compromissos importantes após ser acertado por uma bolinha de papel.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Confira postagens antigas.