quarta-feira, 25 de maio de 2011

Alcanorte pretende produzir barrilha, cimento, energia e recursos hídricos

Empresa construída em Macau há 30 anos, que nunca funcionou, 
pode se dedicar à produção de vários produtos
Novos investimentos devem  chegar à Alcanorte em breve. Embora a diretoria da empresa ainda esteja fazendo o geo-referenciamento da área e contabilizando todos os ativos e passivos existentes, o diretor Jean Paul Prates já recebe os primeiros interessados em investir no negócio.

Como a fábrica foi dividida em quatro segmentos (barrilha, cimento, energia e recursos hídricos) empresas como a Votorantim já iniciaram  conversas para investir na produção ou compra de cimento. Há ainda um grupo espanhol querendo aplicar recursos em produção de energia solar e Petrobras e Caern estão empenhadas em explorar os recursos hídricos disponíveis.

A idéia, porém, não é desvirtuar a Alcanorte do seu objetivo principal, que é produzir barrilha. Construída há mais de 30 anos para ser a redentora da produção de álcalis no Brasil, a empresa sequer entrou em operação. “Estamos começando a analisar o mercado, como está hoje no Brasil e lá fora, para só depois saber que tipo de investidor pode vir. Não queremos nenhum aventureiro caindo aqui de pára-quedas”, disse Prates.

A primeira conclusão que o levantamento sobre o mercado chegou foi que a Álcalis, produtora de barrilha localizada em Arraial do Cabo (RJ), não é mais competitiva. “O Brasil poderia estar produzindo barrilha em Macau”, sentencia o diretor da Alcanorte.

O lugar ideal para produzir barrilha

O Rio Grande do Norte é hoje o local mais apropriado para tal produção porque abriga, próximo à empresa, produção de sal e calcário, itens prioritários à composição do processo de produção da barrilha. No Rio de Janeiro, por exemplo, o sal utilizado sai daqui e o calcário é de Minas Gerais.

“O negócio foi feito lá, porém, porque trinta anos atrás Arraial do Cabo tinha uma produção de sal signii cativa e o calcário era retirado do fundo da lagoa Araruama. Mas isso foi proibido e as salinas deram lugar a grandes empreendimentos imobiliários. Isso dificultou completamente a fabricação de barrilha na Álcalis”, explica.

Ainda não há, entretanto, possíveis investidores para a Alcanorte neste segmento. Quando o estudo for finalizado é que a diretoria irá correr atrás dos empresários.
 
Por Alex Gurgel
 jornalista | alexgurgel@com-texto.com

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