quinta-feira, 26 de maio de 2011

Professores e alunos promovem buzinaço na Governadoria


Os estudantes aderiram à causa dos professores em greve. Neste momento, cerca de 500 manifestantes se encontram em frente à Governadoria, no Centro Administrativo, em Natal (RN), realizando um buzinaço. O protesto está sendo coordenado pelas professoras Fátima Cardoso, do  Sindicato dos Profissionais em Educação Pública do RN (Sinte), e por Amanda Gurgel, educadora que ganhou projeção nacional após um discurso proferido na Assembleia Legislativa ter sido divulgado na internet.

Aos gritos e com faixas, os professores cobram um reajuste salarial de 30%. Eles querem uma audiência com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Os alunos, por sua vez, pedem a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e 50% do fundo social dos recursos do Pré-Sal, para a educação. Eles também se solidarizam com os professores em greve. “Nós alunos acreditamos nas reivindicações dos professores”, e “Governadora Rosalba, a Sra. colocaria seu filho na escola pública?”, dizem os cartazes.

De acordo com Fátima Cardoso, coordenadora-geral Sinte, a manifestação reflete a insatisfação da categoria com o Governo do Estado. “Até agora o governo ofereceu apenas 0% de aumento. Queremos negociar. A categoria pede que os mesmos 30% de reajuste já concedido em janeiro a outras categorias seja oferecido para nós, além do escalonamento da tabela salarial”, disse.

Atualmente, 93% dos 14 mil educadores do Rio Grande do Norte estão em greve. São 736 escolas prejudicadas com a paralisação. A intenção do Sinte é convencer os professores contratados e estagiários a também paralisarem suas atividades. “E os estudantes são os mais prejudicados, especialmente aqueles que se preparam para exames, como o ENEM e vestibular”, afirmou Cardoso.

Ao todo, 270 mil alunos que estão sem frequentar as escolas públicas do Rio Grande do Norte. Não obstante à greve, o déficit de professores também preocupa, segundo a sindicalista. “Este é mais um componente de falta de respeito do governo com a educação”.

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