segunda-feira, 9 de maio de 2011

Águas das enchentes de Ipanguaçu apresentam riscos à saúde, revelam exames

Secretaria de Saúde do município alerta população sobre bactérias e teme surto de dengue

A Prefeitura de Ipanguaçu recebeu nesta segunda-feira (09) um laudo com o resultado de exames realizados em amostras de água colhidas em lagoas formadas pelas inundações do Rio Pataxó. Assina o documento a II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP), que enviou uma equipe técnica ao município no último dia 03 de maio. O resultado é preocupante.

De acordo com os exames, há grande índice de contaminação nas amostras colhidas em três localidades: nos bairros Ubarana e Maria Romana e na comunidade Olho d’água.


 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo a enfermeira da secretaria de Saúde Pública de Ipanguaçu, Aline Gomes, entre as principais doenças causadas pelo uso de água contaminada está a gastroenterite, uma inflamação causada pela bactéria Escherichia coli e que se caracteriza pela ocorrência de diarreia. A enfermeira explica que essa bactéria está presente quando existe na água a presença de fezes, humanas ou de animais. A contaminação da água pela urina do rato, que possui a bactéria causadora da Leptospirose, também é um risco à saúde. A contaminação das águas por fezes também pode ocasionar a presença de parasitas, provocando doenças como a cólera ou até mesmo virais, como a hepatite A.

A secretaria de Saúde de Ipanguaçu recomenda especialmente aos pais que fiquem atentos às crianças, para que elas não tenham contato com a água. É preciso prestar também muita atenção ao alimento que chega à mesa, evitando, por exemplo, o consumo de peixes contaminados. “Independente da idade, qualquer um pode ficar doente, por isso deve-se evitar qualquer contato com essas águas das enchentes”, afirma a enfermeira Aline Gomes.

Para a secretária municipal de Saúde, Sumaira Fonseca, não se pode descartar nem mesmo a ocorrência de doenças mais raras, como a febre tifoide. “Estamos realizando uma rigorosa monitoração, enviando, inclusive, equipes médicas às comunidades isoladas, de canoa. A população pode ficar tranquila, pois tomaremos as medidas que forem necessárias. Também iremos alertar aos ipanguaçuenses sobre os riscos que essas águas representam, com campanhas informativas e panfletos” disse.

E se as doenças raras preocupam, a dengue é que não passa despercebida. Com as dificuldades causadas pelas inundações ao controle dos focos de proliferação do mosquito, já que há grandes lagoas de água parada em vários pontos da cidade, a secretária Sumaira teme que possa ocorrer em Ipanguaçu um grande surto de dengue. A recomendação, neste caso, é que moradores e voluntários se previnam, fazendo um esforço extra na vigilância contra o mosquito e, se possível, utilizando repelentes que contenham DEET em concentração superior a 35%.
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