Foto: Agência Senado
O senador Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, formalizou nesta terça-feira(26) a decisão da base aliada governista de não ceder a presidência ou a relatoria da CPI da Petrobras aos partidos de oposição.
Renan comunicou oficialmente o líder do DEM, senador José Agripino Maia(Foto), de que os partidos governistas vão ficar com os dois cargos de comando da comissão.
A oposição promete obstruir todas as votações do plenário da Casa em represália à decisão da base governista.
Agripino ficou irritado com a postura dos governistas uma vez que, tradicionalmente, o Senado divide os comandos das CPIs entre a base aliada e a oposição.
"Eles não têm número para fazer o presidente e o relator da CPI? Então que botem número em plenário para aprovar o que eles querem. Suspendeu-se o entendimento que estava sinalizado. Vamos usar de todos os instrumentos regimentais para impedir a aprovação de matérias em que não há acordo. Se eles têm número, que garantam número de votação", afirmou o líder do DEM.
O DEM havia indicado o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (BA) para presidir a CPI da Petrobras. Com o perfil "moderado", ACM Júnior seria indicado pela oposição com a promessa de conduzir de forma serena os trabalhos da CPI.
A sugestão do DEM, no entanto, não foi aceita pelo Palácio do Planalto --que entrou em campo para evitar que a oposição fique com cargos de comando na comissão.
Agripino disse que, sem o acordo com os governistas, o DEM vai retirar o apoio à candidatura de ACM Júnior para a presidência da comissão. "Não quero submeter ninguém a nenhum constrangimento. Seria um candidato com apenas três votos, então não tem razão para a oposição lançar candidato", disse.
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