Atualmente existem 252.786 motos
distribuídas nas 166 cidades do interior do estado, o que gera uma
proporção de 1.522 motos por município. Em contrapartida, o número de
habilitações é inferior. Somando-se as carteiras tipo “A” (que permite a
condução apenas de motos) e “AB” (que permite a condução de motos e
carros), temos 94.744 pilotos habilitados conforme ordena o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB) para guiar motos no Estado, ou seja, para cada
motorista habilitado, existem duas motos e meia.
Os números revelam que muitas pessoas
trafegam sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) contribuindo para
aumentar o perigo nas estradas estaduais e desordem no trânsito das
cidades. A fiscalização é precária e a frota cresce a cada dia. E ainda
há outro agravante: esses números são subnotificados, pois, há no
mercado, modelos de motos de baixa cilindrada que não necessitam de
emplacamento. Os problemas no interior não se restringem apenas à falta
de habilitação para guiar motos. O número de veículos registrados com
placas do interior é 90% maior que a quantidade de motoristas com
habilitação.
Para o coronel Ulisses de Paiva,
subcomandante do Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), os dados
precisam ser analisados com cautela. “Há aquela situação de uma mesma
pessoa, que possui habilitação, possuir mais de um veículo”, afirma. A
infração por dirigir sem a CNH é qualificada como gravíssima e a multa é
de R$ 573,00 que deve ser paga pelo condutor infrator e pelo
proprietário do veículo.
Da Tribuna do Norte
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