segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Em debate, Dilma diz que Erenice errou e Serra nega contribuição ilegal na campanha

Pela primeira vez, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, admitiu neste domingo (17) no debate RedeTV/Folha de S.Paulo que sua ex-braço direito, Erenice Guerra, “errou” no período que passou à frente da Casa Civil, de onde saiu acusada de tráfico de influência. O presidenciável tucano José Serra, por sua vez, negou que sua campanha fosse receber doações ilegais vindas de um ex-diretor do Dersa.

A líder nas pesquisas de intenção de voto, que por muito tempo evitou condenar a ex-assessora, afirmou que não concorda com contratação de parentes e amigos no serviço público. Erenice tinha o filho, Israel, trabalhando na Casa Civil, assim como indicados dele. “As pessoas erram e a Erenice errou”, disse Dilma, em resposta a uma pergunta de jornalista, no terceiro bloco do debate.

“Quero deixar claro que eu considero a situação da Erenice com muita indignação. Não concordo com a contratação de parentes e de amigos. Eu tenho um compromisso em combater o nepotismo e o tráfico de influência”, afirmou. “Nós investigamos e a Erenice saiu do governo. A Polícia Federal está investigando o caso e 16 pessoas foram interrogadas. Isso significa que nós apuramos aquilo que acontece.”

Dados da pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (15), indicam que a presidenciável perdeu a chance de vencer no primeiro turno também por conta do escândalo envolvendo a ex-assessora. Erenice acompanhou Dilma em Brasília desde 2003, quando a petista se tornou ministra de Minas e Energia.

O candidato do PSDB, por sua vez, teve de responder sobre o ex-diretor de Engenharia da Dersa, empresa de estradas paulistas, Paulo Vieira de Souza. Conhecido como Paulo Preto, ele foi acusado de arrecadar ilegalmente cerca de R$ 4 milhões para financiar campanhas de tucanos paulistas. Para Serra, essa acusação faz parte de uma “estratégia do pega ladrão” do PT.

“Esse é o método. Disseram que alguém tinha recebido uma contribuição para essa campanha e não tinha entregue. Eu sou a vitima. Isso não aconteceu na minha campanha”, afirmou. “Alguém teria pego e não entregue para a campanha. Nunca veio ninguém reclamar que o dinheiro não chegou”, afirmou o tucano.



Do UOL Eleições

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