Vizinhos, amigos e parentes das 12 acrianças assassinadas nesta quinta-feira (7) em uma escola municipal de Realengo acusaram a direção da instituição de ter sido avisada do massacre contra os alunos da unidade de ensino.
Segundo a comerciante Geni Zegareli, 44 anos, o assassino Welligton de Oliveira, 24 anos, informou que há uma semana Welligton deixou sua casa, em Sepetiba, vazia e voltou a morar na residência da irmã, em Realengo, nas proximidades na Escola Municipal Tasso da Silveira - alvo do atentado.
"Ele contou numa barbearia próxima à escola que ainda ouviriam falar muito dele. Em seguida, ele também falou que aquela escola (Tasso da Silveira) passaria por uma tragédia, e que nunca mais ninguém ia esquecer. Teve gente que avisou a diretora, mas nada foi feito. Não tomaram medida nenhuma", denunciou Geni.
Uma outra denúncia, no mesmo sentido, foi feita pela aluna Pâmela Cristine Ferreira, de 13 anos. A adolescente também garante que a diretora já havia sido avisada sobre a tragédia.
" A tia da biblioteca avisou a diretora, que o atirador tinha ameaçado entrar lá. Só que a diretora não fez nada", reclamou a menina, que estudava no terceiro andar e só escapou da fúria de Wellington porque trancou-se no auditório da escola, com uma cadeira atrás da porta.
Pâmela chamava a atenção de quem passava pelo Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, por causa de seu desespero. Ela era amiga de Karine, Laryssa e Luiza, sepultadas no fim da manhã desta sexta-feira (7).
Fonte: www.jb.com.br
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