A diretoria da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) aprovou um novo sistema de cobrança de tarifa. A
medida deve entrar em vigor dentro de dois anos, será opcional e
depende do desenvolvimento de “medidores eletrônicos de energia”. O novo
sistema de cobrança estabelece preços de energia específicos de acordo
com o horário. O consumidor residencial, que hoje paga uma tarifa única
independentemente do período do dia, poderá optar pelo plano que prevê
energia mais barata nos horários de menor demanda. Pelo novo sistema,
cada distribuidora de energia terá que definir um intervalo de três
horas, entre as 17h e 22h, em que o consumo de energia elétrica será
mais caro. Neste horário de pico, a energia custará cinco vezes mais do
que no horário de baixo consumo (madrugada) e três vezes mais do que no
horário intermediário (restante do dia).
“A nova modalidade torna-se vantajosa
para consumidores com flexibilidade para alterar seus hábitos de consumo
durante os horários de maior carregamento do sistema elétrico,
apresentando redução em suas faturas”, argumentou o diretor Edvaldo
Santana, relator da matéria, em seu voto. O diretor garante, porém, que a
conta de luz não ficará mais cara para os consumidores que não têm
flexibilidade de uso da energia elétrica. “Ressalta-se que não haverá
majoração de custos para aqueles que a tarifa branca não é vantajosa,
haja vista que continuarão na modalidade convencional”, garantiu
Santana. Conforme a nova estrutura tarifária do setor de distribuição
aprovada pela Aneel, o horário de pico terá três horas de duração. A
faixa intermediária durará duas horas – uma antes e outra após o horário
de pico. Os horários de maior e menor demanda serão fixados pelas
distribuidoras, mas terão de ser submetidos a audiência pública e
aprovados pela Aneel.
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